Desativar o Instagram: Um caminho sem volta?
Nunca estivemos tão conectados e, ao mesmo tempo, tão exaustos. Diante disso, desativar o Instagram, que é uma das redes sociais mais populares do mundo, está sendo uma decisão cada vez mais comum. Esta atitude não surge do nada. Muitos começaram a perceber que a relação com a plataforma deixava de ser saudável. O ritmo acelerado das postagens, a comparação constante com outras vidas aparentemente perfeitas e a necessidade de estar sempre presente causam impactos profundos no emocional.
Desativar o Instagram: Quais seriam os motivos?
Diariamente, pessoas se veem presas em uma rotina onde checar o Instagram se torna mais automático que tomar um copo d’água. Ao mesmo tempo, elas percebem um vazio após minutos ou horas rolando a tela. Por essa razão, uma onda de desativações ganhou força. Mas quais são os principais motivos para isso?
Primeiramente, o cansaço mental. A mente humana não foi feita para absorver tantas informações em tão pouco tempo. Quando nos expomos a vídeos curtos, reels e stories em sequência, nosso cérebro se sobrecarrega. Como resultado, surgem sintomas como irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração e ansiedade.
Outro fator decisivo é a comparação constante. Mesmo sabendo que o feed é editado, muitas pessoas se sentem inferiores ao verem viagens, conquistas e vidas aparentemente perfeitas. Isso afeta a autoestima, gera insatisfação com a própria rotina e pode resultar em sintomas depressivos.
Além disso, a perda de foco vem se tornando um dos efeitos mais danosos. A cada notificação, o cérebro se desvia da tarefa atual. Assim, atividades simples se tornam difíceis de concluir. Estudantes, profissionais e empreendedores relatam dificuldade em manter a produtividade. A longo prazo, isso pode comprometer projetos pessoais e profissionais, além de afetar diretamente a busca por um propósito de vida.
A Geração Z Lidera o Abandono do Instagram
A Geração Z, nascida entre 1995 e 2010, percebeu isso antes das gerações anteriores. Embora tenham crescido na era digital, muitos já priorizam a privacidade. Uma pesquisa do Pew Research Center mostrou que adolescentes e jovens adultos valorizam cada vez mais espaços seguros, privados e autênticos. Por isso, começaram a abandonar as redes tradicionais ou, pelo menos, a limitar sua presença nelas.
Em contrapartida, há um movimento de retorno ao “offline”. A redescoberta de hobbies fora das telas cresce a cada dia. Atividades como pintura, jardinagem, leitura, trilhas, artesanato, escrita à mão e cozinha caseira voltaram a ser valorizadas. Esses hobbies ajudam a desenvolver paciência, criatividade, foco e contribuem para uma saúde mental mais estável.
A leitura, por exemplo, resgata a capacidade de concentração profunda. Ler um livro exige presença, o que não acontece no Instagram. Além disso, a leitura amplia vocabulário, visão de mundo e pensamento crítico. Um dos livros mais vendidos no Brasil é Bobbie Goods, ou seja, uma atividade de pintura, sendo justamente uma forma das pessoas se reencontrarem fora da tecnologia. Isso mostra que o público busca alternativas ao ritmo frenético das redes.
Desativar o Instagram, mas Ativar Outras Redes
Existem redes sociais consideradas mais saudáveis, como o Pinterest, por exemplo. Essa plataforma tem foco em inspiração visual e não em interação social constante. O Notion, ainda que não seja uma social, tem atraído pessoas em busca de organização e produtividade, com menos dispersão. Ao usar essas ferramentas, o ideal é estabelecer um tempo limite por dia, silenciar notificações e criar espaços de descanso digital.
Ao analisar esse movimento, percebemos um clamor por foco e propósito. Quando a mente se livra dos ruídos, torna-se mais fácil ouvir a voz de Deus e refletir sobre o real sentido da existência. Em Provérbios 4:25-27, lemos: “Olhe sempre para a frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros. Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; afaste os seus pés da maldade”. Essa orientação nos lembra da importância de direcionar nossa atenção ao que realmente importa.
Paulo, em sua carta aos Filipenses 3:14, também reforça essa ideia: “Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus”. O foco no propósito eterno traz significado, paz e plenitude.
Por isso, desligar-se do Instagram não é, necessariamente, fugir da realidade. Em muitos casos, é um passo corajoso para se reencontrar. Com mais tempo, mais silêncio e menos comparação, a alma encontra espaço para florescer. A mente descansa e o coração se alinha ao chamado.
Além disso, caso você esteja passando por um cansaço mental de redes sociais e precise do Instagram para trabalhar, por exemplo, não precisa esquecer completamente da rede. No entanto, é fundamental estabelecer limites diários de acesso a elas.
Desativar o Instagram ou Não Desativar? Eis a Questão!
Desativar o Instagram se tornou um ato de resistência e de cuidado pessoal. Essa decisão não precisa ser definitiva, mas pode ser um passo essencial para reencontrar o foco e redirecionar o olhar para o que é eterno. A vida é curta demais para ser consumida por likes, stories e filtros. Existe um propósito maior, e ele exige clareza, intencionalidade e fé em Deus.
Portanto, caso continue usando o Instagram ou demais redes que tenham esse gatilho da distração, configure um tempo diário de uso dentro do seu próprio celular e coloque alarmes com um tempo limitado de uso. Assim, ficará mais fácil para voltar para a “vida real”.
Enquanto isso, invista também nas leituras de livros e em sites (assim como esse). E se for assistir a vídeos, priorize o YouTube. Afinal, lá tem conteúdos mais aprofundados sobre diversos assuntos, como, por exemplo, esse que fiz sobre esse tema:
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Quem Faz
Vanessa Lins é a autora do site vanessalins.com.br. Formada em Comunicação e pós-graduada em Marketing, sempre gostou de escrever e de buscar conexões.
Desde que conheceu Jesus, busca se conectar com cada vez mais pessoas que queiram conhecer sobre o poder de Deus em suas vidas. E o Devocional e os livros cristãos são também caminhos virtuosos para isso.
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